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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Sobre “Incêndios”, a nova peça de Marieta Severo

Por Gabriel Vasconcelos





[caption id="" align="alignnone" width="960"] Foto: Repodução[/caption]

A adaptação brasileira de “Incêndios”, texto do aclamado escritor libanês Wajdi Mouawad, disseca a vida nas zonas de conflito do Oriente Médio a partir do drama de uma família árabe em exílio voluntário no Ocidente. Com um intenso jogo de passado e futuro, as duas horas de espetáculo passam como minutos da mais perfeita imersão na violência de uma realidade repleta de guerras civis, refugiados e milicianos. Dirigido por Aderbal Freire-Filho e protagonizado por Marieta Severo, a peça tem lotado o pequeno teatro Poeira (120 lugares), sucesso que promete ser uma constante até o fim da temporada, em 22 de dezembro.


Fora dos palcos desde as Centenárias (2007), Marieta interpreta a matriarca Nawal desde a infância até a morte, quando passa a narrar as cartas deixadas aos filhos, o casal de gêmeos interpretado pelos atores Felipe Carolis e Keli Freitas. Nas correspondências, um pedido que pontua o desenrolar da história: encontrar o pai e um irmão perdido em seu remoto passado no Oriente. A partir de então, o tablado recebe uma sequência de remissões a adolescência e vida adulta de Nawal, marcadas pelo sexismo da região e a adesão à guerrilha, contrapontos à rotina civilizada dos filhos no Ocidente. “A peça situa personagens e ações em um contexto real, mas não localiza geograficamente a ação, sabemos apenas que se trata de Ocidente e Oriente. As cidades têm nomes inventados e datas de fatos históricos são modificadas”, explica o Aderbal, que se diz atraído pela poesia e as tensões entre homens e sociedade, tão explícitas no texto.


Além de encenações em outros 15 países, a obra de Mouawad também ganhou adaptação para os cinemas nas mãos de Denis Villeneuve, que dirigiu o longa-metragem homônimo, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2010 (veja o trailer). Ao contrário do que acontece com a peça, o filme não teve boa recepção nas salas de cinema brasileiras e, apesar dos elogios de crítica, ficou a margem do circuito comercial.




[caption id="" align="alignnone" width="960"] Foto: Reprodução[/caption]

Serviço:


Horários: Quintas, sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 19h.


Ingressos a R$ 70 (qui) e R$ 90 (sex a dom).


Duração: 120 minutos.


Classificação etária: 14 anos.


Lotação: 120 lugares.

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