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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Teatro como você nunca viu

Por Luiza Gould





[caption id="" align="aligncenter" width="606"] Foto: Reprodução[/caption]

 

Três histórias distintas interpretadas em três solos, onde três diretores que também atuam se revezam para fazer teatro de uma maneira diferente. É esse o eixo norteador da peça Fluxorama, que estreou no último dia 31 de outubro e fica em cartaz no Rio até 15 de dezembro. Com texto de Jô Bilac, Inez Viana, Rita Clemente e Vinícius Arneiro se dividem no palco e na direção da peça para contar os dramas dos personagens Amanda, Valquíria e Luiz Guilherme.


A peça tem como grande aposta o formato horizontal que apresenta. Nas três cenas que convergem para um mesmo espetáculo, cada ator dirige um colega. Assim, a atriz Inez Viana, que interpreta a personagem Valquíria na terceira trama, dirige Rita Clemente no solo sobre Amanda. Já Rita é quem coordena Vinícius Arneiro quando o ator encarna Luiz Guilherme. E Vinícius, por sua vez, é o diretor de Inez, na cena em que ela é Valquíria. O trio conta ainda com o apoio do co-diretor Diogo Liberano.


Na primeira cena do espetáculo conhecemos Amanda, uma mulher que começa a perder os sentidos. Um dia ela acorda surda e com o passar do tempo deixa de enxergar, sentir o paladar, perfumes, ter a percepção do tato. Amanda luta, no entanto, para manter sua vida como era antes e tentar fazer a família não se dar conta do problema pelo qual ela está passando. O caráter dramático também está presente na história de Luiz Guilherme. Depois de sofrer um acidente ele se vê sozinho em uma estrada, preso entre ferragens. Ouvindo carros ao longe, ele luta para ficar consciente ao mesmo tempo em que, perdido em seus pensamentos, faz revelações amorosas e passa pelo conflito de estar entre a vida e a morte. Valquíria, personagem da última cena, também vive um conflito. Para espantar seus problemas, ela resolve desafiar seus próprios limites participando da corrida de São Silvestre, mas perde o ritmo no meio do caminho. Sem aguentar mais correr ela não quer, porém, desistir e apesar de não estar na situação de Luiz, também se vê presa. As narrativas fortes são a marca dos fluxos de pensamento trabalhados na peça e apesar das três histórias não terem um final explícito, elas fazem com que o espectador saia da sala questionando o que faria se estivesse em cada uma das situações.


Fluxorama está em cartaz de quinta a domingo às 20h no Oi Futuro, localizado na Rua Dois de Dezembro, número 63, Flamengo. A classificação etária é de 14 anos e a inteira para assistir ao espetáculo custa R$ 20,00.

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