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sábado, 14 de dezembro de 2013

Como uma onda no mar em plena cidade

Por Karina Lopes e Luiza Gould




[caption id="" align="aligncenter" width="575"] Foto: Reprodução[/caption]

As ondas da estrutura que liga os dois prédios já dão uma pista de como o lugar é chamado. E, assim, a homenagem a algo que encanta moradores e turistas na cidade do Rio de Janeiro, não é um espanto. Apelidado de MAR, o Museu de Arte do Rio foi inaugurado no dia 1º de março deste ano, data escolhida em comemoração ao aniversário de 448 anos da cidade. Já no primeiro dia de portas abertas o museu atraiu 3 mil pessoas, dado do diretor executivo do museu, Luiz Fernando de Almeida. E de lá para cá o público tem mantido o museu movimentado.


As visitas às exposições, no entanto, têm um público que costuma variar conforme os dias da semana. De acordo com Ludmila Caldas, monitora do MAR e estudante de Belas Artes, “a maior parte do tempo são escolas porque o museu tem livre acesso a escolas municipais, mas tem grupos de escolas particulares também e grupos de Igreja, comunidades, famílias”.


A monitora falou ainda sobre projeto Vizinhos do MAR. Com ele, moradores do entorno da região portuária tem livre acesso ao museu e ainda podem participar de atividades, o que contribui para o carioca ser uma presença constante. “Há a promoção de vários eventos para esses moradores. É só a pessoa se cadastrar, informando e comprovando que mora aqui e aí pode participar de café da manhã, seminários e ações culturais”, informou Ludmila. O bom relacionamento com os moradores do entorno, no entanto, se distingue da história de implantação do MAR. Criado para ser um dos maiores símbolos da revitalização do Porto Maravilha, a construção do museu se inscreve em contexto de remoção de moradores do Morro do Providência. Conheça mais sobre essa história aqui.


Visitas




[caption id="" align="alignleft" width="259"] A coordenadora Idalina Ávila aprovou o caráter lúdico da visita para as crianças/Foto: Luiza Gould[/caption]

De acordo com a monitora Ludmila, as visitas de grupos devem ser pré-agendadas ou por telefone ou pelo site do museu. Para acompanhar a exposição junto com o grupo há educadores, que são normalmente estagiários na área de História da Arte ou de Museologia. A chamada visita mediada foi feita pelos alunos da faixa etária de sete anos da Escola Municipal Mestre Waldomiro, da Mangueira. Idalina Ávila coordenadora da instituição fez a visita pelo segundo ano seguido e ao final do passeio elogiou a linguagem utilizada com as crianças: “Eu pensei que não fosse ser muito bem aproveitado por causa da faixa etária, o entendimento deles é menor, mas fiquei surpresa. As crianças fizeram desenhos observando os objetos e procurando semelhanças, o que aguçou a criatividade, a percepção delas. Foi uma forma de se concentrarem e atingirem o objetivo da visita que foi o de participar, se interessar pelas exposições de forma lúdica”, resumiu.




[caption id="" align="alignnone" width="1024"] Somados os dois edifícios que constituem o MAR tem 15.000 m2 Foto: Reprodução[/caption]

[caption id="" align="alignright" width="274"] Palacete Dom João VI virou escola para formação de professores/Foto: Luiza Gould[/caption]

Constituído por dois prédios com funções diferentes, o MAR além de museu assume também o papel de escola. Com estilo modernista, o antigo Terminal Rodoviário Mariano Procópio é o local que abriga as exposições e funciona como o museu em si. Já o prédio ao lado, o tombado Palacete Dom João VI foi restaurado e se transformou na Escola do Olhar, onde ocorrem cursos para formação de professores da rede pública. Segundo Ludmila a escola com 11 salas de aula também é voltada para arte e cultura, além de assumir função social e promover workshops.


Essas características são um dos motivos que fazem a monitora ver um diferencial do MAR em relação a outros museus. Além delas, Ludmila apontou também outros pontos divergentes em relação ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói, local em que trabalhou por dois anos. “O MAC é muito diferente porque lá é um ponto turístico. Antes de ser museu ele é um ponto turístico. Então 80% das pessoas que vão lá vão pelo prédio em si e quando chegam descobrem que tem exposições lá dentro. E lá o acervo é de Arte Contemporânea, o que diferencia daqui também porque só o térreo trabalha com arte contemporânea”, pontuou Ludmila citando ainda as exposições que estão em cartaz no museu.


Confira aqui quais são essas atuais exposições do MAR


SERVIÇO


MAR- Museu de Arte do Rio


Endereço: Praça Mauá, número 5, Centro, Rio de Janeiro-RJ


Telefone: (21) 22031235

Horários das exposições: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Ingressos: Entrada R$ 8,00/ Meia-entrada: R$ 4,00 (para pessoas com até 21 anos; estudantes de escola particular (Ensino Fundamental e Médio); estudantes universitários; pessoas com deficiência; servidores públicos da cidade do Rio)

Formas de pagamento: dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard)

Isenção de taxa: às terças-feiras. Nos demais dias da semana para: alunos da rede pública (Ensino Fundamental e Médio); professores da rede pública de ensino; crianças com até 5 anos; maiores de 60 anos; funcionários de museus; guias de turismo; Vizinhos do MAR; grupos em situação de vulnerabilidade social

Alimentação: Presença de bistrô no local (Cristóvão café e bistrô) aberto no horário de funcionamento do museu

Sem estacionamento





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