Uma declaração de amor a todos os fãs
Por Thais Ximenes
Quando foi anunciado que haveria um episódio especial para comemorar os 50 anos do alien mais querido da TV, todos os fãs de Doctor Who ficaram ansiosos. Não é todo dia que um programa de televisão completa 50 anos no ar. Além da transmissão pela TV, os fãs foram agraciados com a exibição simultânea em cinemas de diversos países, incluindo o Brasil. Milhares de whoovians (como se chamam os fãs de DW) se reuniram para assistir muito mais do que um episódio, mas um agradecimento a todos os fãs que acompanham a trama durante todo esse tempo.
The Day of the Doctor foi iniciado ainda no final da sétima temporada, com o plot do War Doctor (John Hurt), aquele que foi responsável pela destruição de Gallifrey, planeta de todos os Senhores do Tempo. Ele é tudo que o Eleven (Matt Smith) quer esquecer, afinal ele foi responsável pelo fim de sua terra natal.
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O War Doctor apresentado é 400 anos mais novo que Eleven e ainda está decidindo se irá destruir Gallifrey ou não. Ele rouba uma arma de destruição em massa, o “Momento”, cuja consciência toma forma de Rose Tyler (Billie Piper), a primeira companheira de viagem da série moderna. Nesse meio tempo, dois universos paralelos corriam. No primeiro estava o Doctor Ten (David Tennant) com uma Rainha Elizabeth I beijoqueira, e no segundo o Doctor Eleven junto com Clara (Jenna Coleman) e Kate Stewart, filha do Brigadeiro Lethbridge-Stewart, personagem recorrente nas primeiras temporadas da série clássica.
Em dado momento, os três Doctors se cruzam e a magia acontece. Eles vivem se comparando. O queixo e as mãos do Eleven, o tênis do Ten e os olhos jovens do War Doctor. O encontro de três gerações com três reações diferentes diante do mesmo acontecimento. Enquanto o War Doctor sofre com a iminente destruição, para o Ten a ferida ainda é recente e o arrependimento grande. Já Eleven preferiu esquecer e seguir em frente com sua vida.
Sem dar mais detalhes, o episódio mostra uma característica fundamental do showrunner Steven Moffat. Ele cria toda uma confusão, aparentemente sem solução, para aos poucos ir desatando cada nó e formando uma trama que ao final faz todo sentido. Destaque para a presença do ator que fez o 4º Doctor, já velhinho aos 79 anos, fazendo uma aparição e relevando se Gallifrey foi destruído ou não.
A estudante de jornalismo da UFF, Barbara Fernandes, conseguiu comprar um dos ingressos para ver o episódio comemorativo em 3D no cinema. Fã declarada de Doctor Who, ela contou como foi assistir o especial junto com outros fãs. “Foi extraordinário ver o episódio em uma sala cheia de pessoas fantasiadas, especialmente porque o ato de assistir a um episódio é um tanto solitário. É você e sua TV ou computador, achando graça. No especial não, foi uma chance de rir e chorar junto.”
Mas como toda fã que se preze, Barbara fez algumas considerações sobre o que achou do especial. “O plot do episódio me trouxe alguns grandes poréns. Não sei se gostei dessa história de ‘estamos mudando tudo, mas não estamos mudando nada’, achei uma atitude meio covarde”, analisou. Contudo não foram apenas coisas ruins que ela enxergou durante a exibição. “Não consigo pensar em nada que tenha faltado. Eram três Doctors e suas TARDIS. Teve a Rose, várias referências à série clássica e à moderna, e até uns vilões toscos dignos de primeira temporada.”
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E qual foi o momento favorito dela? “Pode parecer estranho, mas foi o vídeo que passou antes do filme começar. Era o Doctor falando comigo, dizendo que na sala de cinema tinham aliens comedores de humanos e que não precisava me incomodar. Me senti uma companheira de viagem, mais uma das pessoas que passaram pela vida dele”, finalizou Barbara.
Confira aqui o momento favorito de Barbara.
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