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domingo, 25 de maio de 2014

Ripper: “Eu ouço mais do que fotografo‘’

Por Mayara Mendes


Em primeira edição do Memória do Fotojornalismo Brasileiro, o fotógrafo dividiu ensinamentos e experiências profissionais com alunos da UFF

[caption id="attachment_1244" align="aligncenter" width="950"]João Roberto Ripper falou sobre suas experiências profissionais em primeira edição do Memória do Fotojornalismo Brasileiro. Foto: Divulgação Facebook. João Roberto Ripper falou sobre suas experiências profissionais em primeira edição do Memória do Fotojornalismo Brasileiro. Foto: Divulgação Facebook.[/caption]

Quantas vezes vemos uma foto tão impactante e famosa e queremos saber quem são e de onde vem aqueles fotografados? E mais: quem fotografou? Qual é a história por trás daquele clique? O Memória do Fotojornalismo Brasileiro, da Universidade Federal Fluminense, veio justamente para responder essas questões, além documentar para a posteridade as palavras de grandes fotógrafos do Brasil.


A primeira edição do evento aconteceu na última quinta-feira, na Sala Interartes, do Instituto de Artes e Comunicação Social e teve como primeiro entrevistado João Roberto Ripper. O fotógrafo mostrou várias de suas fotografias e contou um pouco da história de cada uma. Todas carregavam uma lição de vida e deixavam um grande ensinamento para os amantes da fotografia: paciência para ouvir seus fotografados e esperar o momento certo da foto.


Desde ficar horas sentado em uma pedra para conseguir registrar um beijo de um trabalhador em sua esposa até passar dias na casa de uma senhora idosa e marcada pela violência, Ripper sempre prefere esperar e jamais deixar que sua foto agrida o fotografado: “Se a gente esperar, acontece algo legal. Se não acontecer, no mínimo você aprende a observar melhor.


Para Ripper, saber ouvir e conversar  também é crucial ‘’Eu fui aprendendo que uma foto é muito valiosa, mas uma foto junto com uma história é melhor ainda. Eu não sou daqueles que compartilha que uma foto vale mais que mil palavras. Ela vale a vida da gente e a vida de muitas pessoas”.


Toda essa humanidade transparece nas fotografias de Ripper, que sempre esteve muito ligado a grandes causas sociais, como a documentação do trabalho escravo. Ripper é o fundador da Escola de Fotógrafos da Maré, no Rio de Janeiro. O fotógrafo também compartilhou fotos feitas para jornais que trabalhou, como Jornal O Globo, Diário de Notícias e a Última Hora.


 O Memória do Fotojornalismo Brasileiro é uma inciativa do professor Dante Gastaldoni com os alunos de Fotojornalismo 2014.1 do IACS. O evento terá outros entrevistados ainda neste semestre. Para ficar por dentro, basta acessar a página oficial no facebook.

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