O ano passado não foi dos melhores para Medina - ele mesmo admitiu
que "se perdeu" após conquistar o mundo com apenas 20
anos. A trajetória do então campeão não foi fácil na disputa de
2015: levantou a taça apenas uma vez, na etapa da França. Ainda
assim, o resultado o colocou novamente na briga pelo título. Chegou
a Pipeline com chances reais, ainda que difíceis. O resultado
não veio, mas deixou um gosto de recuperação na boca dos fãs e do
próprio surfista, que conseguiu deixar para trás o início
conturbado e se recuperar no fim do ano.
O surfista foi o primeiro brasileiro a conquistar
o mundial (crédito: reprodução internet)
Se 2015 não
teve um começo animador, tudo parece diferente neste ano. Na quinta
etapa do Circuito - são 11, no total -, Medina já levantou sua
primeira taça e, com isso, deu um salto no ranking da WSL (Liga
principal de surfe). O brasileiro foi campeão em Fiji, em uma
sensacional bateria contra o atual líder Matt Wilkinson. O título o
levou direto para a segunda posição na tabela, mas ainda com uma
diferença considerável de pontuação para o australiano: Wilko
soma 32,500, enquanto o brasileiro tem 24,000.
O que a vitória
em Fiji pode significar? A confiança retomada não só por Medina,
mas também pela torcida em um possível bicampeonato. A segunda
posição não parece feita para o surfista, que já demonstrou que
as adversidades fazem parte da sua trajetória no esporte. O surfista
de Maresias tem se mostrado mais forte do que nunca para buscar
novamente o lugar mais alto do pódio. De primeiro brasileiro a se
sagrar campeão mundial, a atual vice-líder do ranking, o que não
se pode negar é que Gabriel sabe o que quer e não cansa de correr
atrás - ainda que acabe tropeçando pelas ondas. A tempestade
continua.
Por Renata Amaral
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