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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Derrota para o Real Madrid é dolorosa, mas Sporting mostra o que tem de melhor

Por Vitor Seta

Dos grandes clubes de Portugal, O Sporting, de Lisboa, é o que atualmente detém menos recursos financeiros. O campeonato nacional do país vinha sendo dominado nos últimos anos pelos gigantes Porto e Benfica, que além de levarem troféus pras suas estantes, vendiam suas revelações por cifras cada vez mais altas, enquanto os leões perderam seus talentos por valores muito menores. Se há 3 anos dissessem para um sportinguista que ele estaria assistindo seu time dominar o Real Madrid no Santiago Bernabéu, pela Liga dos Campeões, em poucos anos, seria difícil acreditar. Até essa última quarta(14). Os portugueses perderam o jogo, mas mostraram aos torcedores que os bons tempos podem voltar.




O jogo foi bastante morno no 1º tempo. O atual campeão da competição, pouco inspirado, tinha dificuldades na armação. Zidane manteve James Rodríguez no banco e começou com Casemiro, Kroos e Modric no meio-campo, assim como em boa parte da temporada passada sob seu comando. O Sporting, mais organizado em campo, manteve a posse de bola no meio, com boa atuação de Adrién Silva, segurando os blancos, que só chegavam na frente como jogadas individuais de Cristiano Ronaldo e Gareth Bale ou em bolas paradas.

O segundo tempo começou no mesmo ritmo, mas isso não durou: logo aos 2 minutos, Bruno César e Bryan Ruíz “tabelaram” e com pequena colaboração da defesa do madrilenha, a bola sobrou limpa para o brasileiro, que bateu  cruzado, sem chances para Kiko Casilla. O gol, apesar de "achado", fazia justiça à organização e aplicação tática dos comandados de Jorge Jesús. O sonho leonino parecia próximo, uma vitória na casa dos espanhóis seria um feito e
tanto para os portugueses. Mas coube a quem já esteve do lado verde e branco "melar" a história a 1 minuto do fim dos tempo regulamentar: Cristiano Ronaldo, em uma linda cobrança de falta, no ângulo, empatou o jogo contra seu ex-clube.

A pressão dos espanhóis foi natural. Ronaldo, que antes da falta chegou a finalizar na trave
com gol aberto, passou a ser mais participativo no jogo. Os portugueses, acuados,
tentavam se segurar na defesa, mas sem sucesso. Já nos acréscimos, em cruzamento de
James, Morata, velho conhecido madrilenho, que foi recontratado graças ao sucesso fora
do clube, decretou a virada, de cabeça. Fim da esperança para os portugueses, talvez o
começo de uma nova história para o atacante espanhol com a camisa branca.

Os portugueses saem, de fato, decepcionados da Espanha. O resultado poderia ter sido melhor, o time jogou para merecer. Mas para quem tem tão poucos recursos e um elenco tão limitado, como seu próprio técnico admitiu recentemente em entrevista, bater de frente com um gigante como o clube espanhol traz esperanças aos torcedores de que o clube pode fazer bonito na Liga dos Campeões. De todas as viradas e ressurgimentos nesse jogo, o novo destino do Sporting parece o mais promissor de se acompanhar.




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