Notícias

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Compartilhariam : O portal facebookiano como a ponta de um Iceberg



Um tanto piegas e comum é a frase, "O mundo digital veio para ficar", porém não existe frase melhor que defina essa nova era. Vivemos a primeira revolução industrial e tudo, ou quase tudo, foi sucumbido pelas máquinas e desde então, essas máquinas só se aprimoram. De início era algo pesado e enorme que ficava incrustado nas poluídas indústrias. Hoje cabe em nossos bolsos e podemos carregar para todo lugar. É o tempo dos smartphones. Do digital ao alcance de nossas mãos, fazendo parte do nosso dia-a-dia, e portanto, de nossas profissões. 

Existe um crescimento das mídias sociais no fazer jornalismo, principalmente o Facebook. Essa rede foi criada em 2004 por Mark Zuckerberg e de lá pra cá vem sendo viralizada mundialmente. Três palavras entraram para o vocabulário popular e para o dicionário internacional, mesmo que em diferentes línguas, são elas o curtir, comentar e compartilhar. Nasceu um novo ser humano, aquele que vive para as tais "curtidas". Não se viaja mais, não se come mais, não se senta mais na mesa do bar sem ter uma câmera na mão, ou melhor, a câmera do seu celular para registrar cada segundo e postar no facebook, a espera de enxurradas de curtidas. O mais triste, seria no mínimo cômico, se não fosse verdade é que pessoas decidem o seu humor pela quantidade de "curtir" que recebem. Se tornou algo normal ser legal apenas pelo fato de ser popular na rede social.

Por que não, então, fazer jornalismo no facebook? O jornalista escreve, prepara reportagens e matérias com a intenção de que o maior número de pessoas as leiam. Onde estão essas pessoas nesse momento? Conectadas a rede. O "face" hoje não é só a principal rede social, como a plataforma para muitos jornais chamarem seus leitores. Para O Globo, o facebook representa um grande pedaço de sua audiência. Essa rede vem cada dia mais, ganhando vida própria, como se fosse na verdade, a vida real e a porta para muitas matérias jornalísticas. É como se por trás daquela tela azul e branca existisse um outro mundo, muito maior, cheio de fatos, reportagens, personagens e pessoas a serem desbravados. O click virou concorrência, já que o facebook "permite" a entrada no site do jornal. O Senhor João que recebia todo dia o impresso em sua porta de manhã e sentava em sua cadeira com uma boa xícara de café, encarando aquelas imensas folhas de jornais é o mesmo Senhor João, um pouco mais velho que recebeu de natal um tablet de presente do seu filho. Com uma conta no facebook, esse senhor navega e escolhe em qual portal entrar. Ele pode ir para O Globo, Lance ou BBC em apenas uma clicada.

A web tornou-se um mercado avassalador. A frase metafórica, o virtual é real a cada dia fica menos uma metáfora para se tornar uma verdade. Títulos jornalísticos são adaptados para a tal rede, com o intuito de chamar todos os públicos de todas as etnias, gêneros, religiões e classes sociais. É mais do que preciso a adaptação a heterogeneidade e a pensamentos totalmente diferentes. A internet trouxe a possibilidade de todos terem contato com notícias. Isso pode ser benéfico ou não. Recebemos informações toda hora, ficou mais difícil o furo, mas não impossível. Um novo jornalismo, mas que deve ser feito sem esquecer os princípios do velho. Aquele feito em redações escuras e entregue pelo menino de bicicleta ou na viagem de bonde. O jornalismo digital é uma novidade que deve ser encarada com clareza e responsabilidade. Jornalistas ainda são "fazedores" de notícia ou em inglês newsmaking e isso deve ser preservado.

Por Lucas Ronconi

Compartilhar:

Postar um comentário

 
VOLTAR AO TOPO
Copyright © 2016 Jornal Cenário. Layout por OddThemes || Design por Designed by Mila Porto