por Mayara Aguiar
As obras distópicas estão entrando como o carro chefe da produção da indústria cinematográfica atual. A partir das mais diversas “teorias da conspiração” e com uma visão pessimista do futuro da humanidade, os filmes e séries que tratam desses temas encontram-se cada vez mais no olhar da mídia e do espectador, que emergindo nos mundos ficcionais, pode trazer para perto de si uma discussão moral a respeito da sociedade futura.
O que o filme Nerve, a série Black Mirror e as adaptações de livros distópicos possuem em comum com a nossa realidade? Todas essas obras cinematográficas e tem como base a sociedade em que já vivemos, porém levada ao extremo, com uma narrativa que se baseia numa realidade futurística, a hipérbole soa muito mais distante aos nossos olhos.
Redes sociais determinando a vida e posição social de alguém na sociedade, jogos violentos (porém virais) que podem levar a morte, governos autoritários e realities shows gravados 24h… Nada é, de fato, dicotômico na visão de quem vive no século 21.
Essas obras nos mostram o quanto a tecnologia pode interferir na sociedade pós-moderna. E, ainda mais, como ela se torna uma espécie de escala de poder para o ser humano. A questão é: essas obras são uma forma de encarar a realidade com mais criticismo ou, são, de fato, mais um dos produtos comerciais que existem para o espetáculo (assim, correspondendo a sociedade que vivemos).
É difícil entender o porquê das produções serem cada vez mais voltadas para o mundo distópico. Mas, uma coisa é certa: elas mexem muito com o público e fazem cada vez mais sucesso dentre os espectadores de todas as faixas etárias.
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