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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Orange is the new Black está de volta!

Mais madura e com perdas significativas no quesito humor, carro chefe da Netflix chega à quinta temporada em meio à rebelião

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O fim da quarta temporada de Orange is the new Black foi emblemático. A morte de Poussey Washington (Samira Riley) desencadeou uma revolta crescente das detentas de Litchfield. Após uma infinidade de críticas envolvendo o excessivo protagonismo branco da série, proveniente do fato das atrizes dos núcleos afro-americano e latino só terem se tornado parte do elenco regular, respectivamente, no segundo e no terceiro ano de OITNB, os executivos entregaram uma temporada engatada em violência policial e racismo. O quinto ano de Orange is the New Black retorna exatamente na deixa do cliffhanger impecável de Dayanara Diaz (Dascha Polanco), o momento em que a rebelião estoura e as detentas decidem unir-se contra os guardas prisionais e também o diretor Joe Caputo (Nick Sandow).

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Deixando de lado as críticas sobre protagonismo branco, muito falava-se da volta por cima que a série deu depois de uma terceira temporada fraca. Logo, existia uma hesitação por parte de muitos espectadores em acreditar na possibilidade de um quinto ano ainda melhor que o quarto. A recente temporada não foi pior do que a anterior, mas definitivamente seguiu um caminho muito diferente. Enquanto na quarta a história se desenvolve nos detalhes, criando tramas que parecem pequenas e que, antes do espectador perceber, ganham dimensões assustadoras, a quinta começa com a premissa de espremer aproximadamente 72h em 13 episódios, algo complicadíssimo para manter a fluidez do roteiro. Mesmo com a sensação de que alguns capítulos poderiam ter sido menores, no fim das contas, o saldo da temporada  é infinitamente mais positivo do que negativo.

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Pela primeira vez no enredo de Orange is the new Black, Piper Chapman (Taylor Schilling) está no banco de reservas. O protagonismo agora é de Taystee Jefferson (Danielle Brooks), que desde a morte de Vee Parker (Lorraine Toussaint) assumiu o papel central no núcleo afro-americano. Na primeira metade da quinta temporada, Taystee foi a principal válvula dramática por sua revoltada quanto à morte de Poussey. Na segunda, a personagem assume o papel da principal articuladora da rebelião, mesmo esgotada e confusa quanto às próprias ambições nas negociações.

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Ainda sobre o núcleo afro-americano, Black Cindy (Adrienne C. Moore) e Alison Abdullah (Amanda Stephen) nunca foram tão essenciais. Janae Watson (Vicky Jeudy) protagoniza o melhor flashback da temporada. Crazy Eyes (Uzo Aduba) continua impecável, mesmo levemente apagada nos primeiros episódios. O vilão, como esperado, é Piscatella (Brad William Henke), que se mostra muito mais problemático do que o espectador presumia. Piper até chega a assumir algumas posições importantes em certos momentos, como na organização do memorial de Poussey e até encara um grande conflito com Piscatella, contudo, o destaque da personagem no quinto ano é seu envolvimento amoroso com Alex Vause (Laura Prepon). A química entre as duas ficou mais forte, a ponto de que é impossível não enxergá-las como único casal possível, principalmente quando se coloca em comparação seus interesses românticos anteriores, como Stella Carlin (Ruby Rose) ou Larry Bloom (Jason Biggs).

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Ainda que Orange is the New Black não desapegue do seu lado cômico, o drama finalmente se consolidou como principal vertente do enredo. O quinto ano da série não decepciona e fortalece os vínculos do público com os personagens e suas vidas, dentro e fora de Litchfield. Se a representatividade do seriado e a visibilidade de narrativas femininas já não fossem motivos suficientes para garantir à Orange um lugar entre as séries mais importantes em exibição no momento, Jenji Kohan, criadora da série, faz questão de entregar uma história inteligente encenada por figuras carismáticas. A nova temporada conclui alguns arcos, como o dos vilões Piscatella e Thomas Humphrey (Michael Torpey), e deixa vários outros ainda em aberto. O último episódio se encerra com um novo cliffhanger poderoso, que deixa os fãs apreensivos e ansiosos, já que abre dezenas de possibilidades para a já confirmada sexta temporada.

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Talita Jeolás

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