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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Guerrero e o caso do doping

Craque do Flamengo e da Seleção Peruana testou positivo no antidoping do jogo contra a Argentina, pelas eliminatórias da América do Sul, e foi suspenso provisoriamente pela FIFA.

Por: Yuri Hildebrand

Fora de ação desde uma lesão muscular, o atacante Guerrero, camisa 9 do Peru e do Flamengo, teve uma notícia ruim antes de dois jogos importantíssimos contra a Nova Zelândia, que definirão uma das vagas da repescagem para a Copa do Mundo da Russia. No jogo entre a seleção peruana e a Argentina, o jogador realizou o teste antidoping, que teve resultado positivo para Benzoilecgonina. A substância é encontrada na Cocaína, mas também muito utilizada nos países de cultura Inca, principalmente na altitude. A defesa do jogador se reuniu ontem (05/11) em Lima para decidir como enfrentar a acusação e já pediu a abertura da contraprova, frasco secundário que contém a mesma amostra de urina do testado originalmente.
Dentro de campo, Guerrero treinou normalmente nos últimos dias. Estava cotado para reforçar o Flamengo após quase 20 dias em recuperação de uma lesão musuclar, e foi pego de surpresa com o resultado parcial do antidoping. A FIFA, entidade máxima do futebol, aplicou uma suspensão preventiva de 30 dias, algo comum em casos desse tipo. Assim, o peruano ficaria fora não somente dos jogos pelo clube brasileiro, mas também não poderia defender sua seleção nos dois jogos mais importantes dos últimos 36 anos. Guerrero, inclusive, declarou em entrevista que “poderia morrer” se classificasse o Peru para o mundial.
Junto a seu advogado e um biomédico, embarcou para Lima no sábado (04/11), para uma reunião da defesa do jogador. Houve até o boato de que o camisa 9 acompanharia de perto sua defesa, mas a informação não se confirma. Por enquanto, ele diz estar “tranquilo”, e demonstrou apoio aos companheiros de seleção para primeiro jogo contra a Nova Zelândia, já no próximo dia 11/11. O primeiro passo de sua defesa é a abertura da contraprova, que acontecerá ainda esta semana. Um dirigente da FPF representará Guerrero na situação.
Além das incertezas, existem diversos boatos ao redor do que teria consumido o jogador horas antes do confronto contra a Argentina, em Buenos Aires. À época do jogo, um jornal local declarou que a delegação peruana levaria “suas próprias garrafas d'água”, para evitar situações como a da Copa de 1990, em que o Brasil foi eliminado após Branco, jogador da seleção, ter tomado uma água oferecida pelos argentinos – ele declarou ter sentido uma “tontura” durante o jogo, que acabou 1 a 0 para os hermanos.
Agora, após o “resultado analítico adverso” – não totalmente positivo, para fins punitivos –, surgiram versões de como Guerrero haveria consumido a substância. O pai do jogador alegou que o filho, que estava gripado antes da partida, recebeu uma injeção, sugerida pelo médico da delegação peruana – que é ortopedista, e segundo o pai de Guerrero “não saberia” como tratar uma gripe. O médico foi incisivo em dizer que o jogador não recebeu nenhum tipo de medicamento contraindicado por parte do departamento médico da seleção.
Com muitas dúvidas, os maiores prejudicados por enquanto são Flamengo e Peru, que enfrentam jogos importantíssimos nos próximos dias, e não poderão contar com seu principal jogador. As respostas só virão após a abertura da contraprova, com a formulação da defesa do peruano e, finalmente, com a definição da FIFA sobre o caso. Até lá, os peruanos demonstraram total apoio ao seu craque, e ainda têm a esperança de vê-lo em campo o mais rápido possível. 

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