Quatro jogos, quatro vitórias e
12 gols. O Brasil de Tite é outra seleção. Com o novo treinador, o time pulou
do 6º lugar, fora da zona de classificação à Copa do Mundo da Rússia, para a
liderança das Eliminatórias. Jogadores como Philippe Coutinho, Fernandinho,
Marcelo, Casemiro, Gabriel Jesus e até o próprio Neymar ganharam espaço e fizeram
boas partidas, afastando o estigma de “safra” ruim de jogadores, comentário tão
difundido nos últimos tempos. As mudanças da nova comissão técnica já se
refletem no campo e nos números.
Com Dunga, a Seleção Brasileira
tinha mais posse de bola, mas com menos efetividade. Se por um lado o time
ficava com a bola em média 56% do tempo, a média de chutes a gol era baixa:
apenas seis por partida. Esse pode ser um fator que explica as apenas duas
vitórias em seis jogos e o mau futebol apresentado. Já com Tite, a equipe fica
ainda mais com a bola(64% de média de posse) e chuta mais a gol: são 34 em 4
partidas, média de 8,5 por jogo.

Apesar de tudo, o grande símbolo
da era Tite é mesmo Gabriel Jesus. Com apenas 19 anos e uma personalidade de
jogador experiente, o atacante palmeirense, já negociado com o inglês
Manchester City, vem tendo um início de carreira meteórico pela seleção: 4 gols
em 4 jogos, números melhores do que os de grandes nomes que já vestiram a
Amarelinha. É Jesus quem mais se beneficia do 4-1-4-1, podendo flutuar no
ataque, fazer infiltrações na defesa adversária enquanto se aproveita do seu ótimo
poder de finalização.
Se quatro jogos são pouco para se
fazer uma análise concreta do trabalho da nova comissão técnica, é possível se
ater aos números, mais do que concretos: líderes das eliminatórias, vaga para a
Copa do Mundo cada vez mais próxima, futebol vistoso, moderno, e jovens talentos em ebulição. Nada mau
para a “uma das gerações mais fracas de todos os tempos”.
Por Vitor Seta
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