Esse é o novo The XX

 Cinco anos depois do último lançamento, a banda inglesa The XX começa o ano de 2017 com um projeto totalmente inovador. Diferente de tudo que já havíamos ouvido antes em “XX” e “Coexist”, o novo álbum é agitado e dançante. “I See You” promete conquistar novos públicos e continuar agradando quem já acompanha o trio.

Em faixas como “Violent Noise” e “Dangerous”, que abre o cd, é notável o tamanho da transformação da banda. Investindo muito nos instrumentos e principalmente no tratamento eletrônico da música, The XX traz uma grande mudança no estilo. Acostumados com as músicas calmas e intensas dos álbuns anteriores, “I See You” é uma surpresa para os fãs. Ainda com letras intimistas que falam de amor e sofrimento, o minimalismo característico do grupo é deixado para trás e substituído por ritmos vibrantes. Muito beats e até mesmo trompetes incrementam o novo álbum que, de acordo com as críticas, é o melhor até agora.

A transformação já começou na produção. Dessa vez o trio britânico escreveu, produziu e gravou na estrada. Saindo de Londres e passando por Marfa, Los Angeles, Nova Iorque e Reykjavik, produzir “I See You” viajando favoreceu ainda o entrosamento do grupo. O projeto solo “In Clours” do Jamie Smith, que aconteceu no meio tempo entre o segundo e o último álbum, também influenciou muito o cd. É claro o desenvolvimento e amadurecimento da produção do Jamie e também da sua mixagem nas faixas.

A banda, formada em 2005, continha originalmente quatro integrantes, mas Baria Qureshi, tecladista, saiu logo depois do lançamento do primeiro cd. Romy Croft, Oliver Sim e Jamie Smith estão na banda desde sua formação original, na escola Elliot School no sul de Londres. A amizade de infância do trio traz para as musicas intimismo e profundidade e deixa clara a união e boa relação do The XX.

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Luiza Fernandes

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