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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Cineclube Clínica e Conjugalidade debate filme argentino 'Medianeras' dia 8 no Campus Gragoatá



O projeto de extensão "Clínica e Conjugalidade - UFF" realiza o Cinedebate do filme Medianeras - Buenos Aires na era do amor virtual no próximo dia 8 de junho, às 16h, na sala 516 - Bloco O, no Campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A iniciativa, com diversos campos de atuação, busca promover um espaço de reflexão sobre os relacionamentos afetivos na atualidade. Dirigida por Gustavo Taretto, a película argentina recebeu os prêmios de melhor filme estrangeiro e melhor diretor no Festival de Gramado de 2011.
Abaixo uma análise do filme, com revelações sobre o enredo(!)
Solidão em meio à multidão. O filme Medianeras apresenta duas narrativas paralelas que caminham juntas durante toda a película. Os personagens principais, Martin - um web designer -, e Mariana - uma arquiteta que trabalha como vitrinista -, vivem ao mesmo tempo dramas pessoais. Apesar de serem vizinhos, nunca se encontram por estarem imersos na multidão por onde circulam, sendo apenas estranhos que não se percebem.
O isolamento social da cidade de Buenos Aires, na Argentina, retratada no filme, é correlacionado com a arquitetura e com o modo de vida da sociedade contemporânea. O imediatismo da vida instantânea leva Martin a resolver tudo com poucos cliques. Mesmo a Mariana não estando totalmente conectada com as redes, a configuração das multidões a deixava afastada.
Além disso, o distanciamento das relações no ambiente físico leva a uma busca virtual para cobrir o vazio por meio da tecnologia. É o que acontece com Martin que acessa sites de encontros que, ao sair do plano virtual, não são bem sucedidos. A mesma falta de sorte acontece com Mariana, ainda que não tenha conhecido seus pares na Internet.  
Para Zygmunt Bauman, os estranhos são sujeitos ‘fora-de-lugar’, pois não se encaixam nas categorizações elaboradas pelas narrativas modernas. Na trama, Martin e Mariana fazem uma constante reflexão do espaço arquitetônico em que vivem.
As narrativas de ambos se encontram quando Mariana percebe na multidão, enquanto olhava pela janela, Martin ‘desconectado’. As chamadas ‘medianeras’, paredes laterais dos prédios onde se é proibido abrir janelas devido à proximidade com os outros prédios, que dão nome ao filme, são vistas como uma barreira que ambos rompem ao saírem aos poucos do isolamento social.
Lizandra Machado

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