Notícias

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sai Escobar, entra Rodriguez.

Netflix foca publicidade da terceira temporada de “Narcos” ao redor da mudança de protagonista
Wagner Moura, que interpretou Pablo Escobar nas duas primeiras temporadas, sai de cena e dá lugar a Damián Alcázar, como Gilberto Rodriguez, o caballero de Cali.
Por: Yuri Hildebrand
A série americana Narcos, produção independente da Netflix sobre o narcotráfico no final do século XX – com foco na Colômbia –, deixou uma incógnita na cabeça dos fãs após o final da segunda temporada. Com a iminente morte de Pablo Escobar (Wagner Moura), principal personagem da trama, a série introduziu aos poucos, durante sua segunda temporada, os irmãos Rodriguez, “substitutos” de Pablo no posto de persona non grata dos agentes americanos.
A Netflix, meses antes do lançamento da terceira temporada, produziu um vídeo de Wagner Moura falando sobre a morte de seu personagem e indicando que “a ideia sempre foi (...) falar sobre o tráfico...” e que “Pablo Escobar é só o começo disso...”. (https://www.facebook.com/NarcosBrasil/videos/1969650946604003/) A troca do protagonismo foi tema principal da publicidade ao redor do lançamento de mais uma temporada. Ao anunciar a terceira temporada para 2017, a Netflix “trocou” os personagens com os dizeres “El legado continua”, mostrando Gilberto Rodriguez após Pablo Escobar sair de cena (https://ep02.epimg.net/cultura/videos/2016/09/06/television/47b05c741dd94166e616e3d395f1bc94.mp4).
Gilberto e Miguel Rodriguez Orejuela (Damián Alcázar e Francisco Denis) formaram, junto a Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Chepe (Pêpê Rapazote), uma das mais eficientes organizações criminosas já vistas. Os cuatro caballeros de Cali, como ficaram conhecidos, aproveitaram a “lacuna” deixada por Escobar para tomar a frente no narcotráfico. Na série, os chefões de Cali são investigados de longe pelo agente Peña (Pedro Pascal), que tem suas forças limitadas pela corrupção, vinda de todos os lados. Sozinho desta vez – uma vez que seu companheiro na caçada a Escobar, o agente Murphy (Boyd Holbrook), voltou para os Estados Unidos –, Peña é protagonista e a voz, literalmente, da narrativa.
Desde a primeira temporada, os produtores da série (um deles é José Padilha, diretor de “Tropa de Elite”) enfatizam a importância da corrupção política para o funcionamento do narcotráfico colombiano. Se antes Pablo representava uma figura até carismática, com tentativas efetivas de entrar para a política, os irmãos Rodriguez Orejuela têm no dinheiro seu maior poder. Policiais e políticos corruptos são representados, portanto, como trabalhadores “invisíveis” do cartel de Cali, que incorpora uma imagem mais voltada para o empresariado e a “alta classe”. Por isso, a alcunha de caballeros, que evitam usar a violência para demonstrar controle.

Segundo a Netflix, o contrato com a série foi prorrogado até a quarta temporada. Se outro vilão virá após a queda do Cartel de Cali, não se sabe. Mas, como disse Wagner Moura no vídeo citado acima, a “Guerra às Drogas” não acaba com o problema do tráfico, e mesmo que um chefão do crime caia, outro virá depois, com características diferentes, mas produtos semelhantes. Ainda pelo que disse o ator brasileiro, “Depois de Cali, tem o México”. Fica então a expectativa para próximos anúncios da empresa americana sobre Narcos.

Compartilhar:

Postar um comentário

 
VOLTAR AO TOPO
Copyright © 2016 Jornal Cenário. Layout por OddThemes || Design por Designed by Mila Porto