Por Elisa Calmon
O plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido do Brexit e a eleição do Trump nos Estados Unidos. Além de serem polêmicos, os episódios têm mais uma coisa em comum: reacenderam os debates sobre os perigos das notícias falsas, conhecidas como Fake News. Especialistas acreditam que nos dois casos as notícias falsas contribuíram diretamente nos desdobramentos desses fatos.
Publicação de matérias não assinadas, nomes parecidos com veículos tradicionais da mídia e o excesso de propaganda. Essas são as principais características dos sites responsáveis por disseminar esse conteúdo. Entretanto, para leitores desavisados, um título sensacionalista ofusca os indícios de que aquele portal não é confiável.
Anúncios e o Combate às Fake News
A principal motivação para a criação e divulgação desses materiais são os anúncios. Quanto maior o número de acessos, maior o retorno financeiro. O Pensa Brasil, um dos principais sites de fake news do país, chega a arrecadar entre R$100 mil e R$150 mil por mês com anúncios, segundo um levantamento feito por especialistas a pedido da Folha de São Paulo.
Para tentar competir com essas altas cifras, o Facebook anunciou, no início do mês de abril, uma campanha contra as "fake news" após ser apontado como um dos principais culpados pela multiplicação desse tipo de conteúdo na internet, . Em 2016, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Reuters para o Estado do Jornalismo, 72% dos brasileiros afirmam que se informam através das redes sociais.
Como principal estratégia, Mark Zuckerberg e sua equipe lançaram, na seção central da rede social, um manual de instruções para ajudar os usuários a identificar quais matérias não são confiáveis. O material está sendo divulgado em 14 países, incluindo o Brasil que hoje em dia acumula 144 milhões de inscritos no Facebook, segundo país mais ativo na plataforma.
Postar um comentário