Season Finale - Review
The Walking Dead é uma das poucas séries que se mantém com uma audiência poderosa e fãs fiéis ao longo dos últimos anos. Resumidamente, trata-se de um fenômeno. O tema corriqueiro e repetitivo de apocalipse zumbi teve na criação de Robert Kirkman um “bump” nesse gênero. Desde sua primeira temporada, diversos outros filmes e seriados foram criados e refeitos em cima do tema dos nossos amados mortos-vivos.
Apesar de todo o destaque, há tempos a série não consegue impactar e prender tanto o espectador à história. O que mantém a audiência no topo parece ser apenas a esperança de melhoras e a fidelidade daqueles que já acompanham a trama há muitos anos. O fim da sétima temporada foi transmitido no domingo, 02 de abril, e foi apenas um reflexo do que ocorreu ao longo de todos os episódios: altos e baixos a todo instante.
[SPOILERS A PARTIR DO PRÓXIMO PARÁGRAFO]
Tudo bem, até que este episódio foi bem animado - mas não eletrizante. Tensão nós tivemos de sobra, afinal, não importa quão ruim a situação esteja, todos nós ficamos ansiosos para ver o que acontecerá diante das encaradas entre Rick e Negan. Apesar de todo o clima de guerra no ar, todo nosso nervosismo em cada ameaça feita, toda corrida armamentista e planos tramados ao longo dos últimos Q-U-I-N-Z-E episódios (sim, eu disse 15 episódios), nada aconteceu. NADA. Quer dizer, isso não vale para a Sasha.
A sétima temporada recomeçou com o grande mistério de qual personagem teria sido nocauteado (e, consequentemente, assassinado) pela estimada Lucille – o taco de beisebol sanguinário do nosso amado antagonista. O início foi arrasador, um choque para todos com a morte de Abraham e Glenn de uma vez só. E foi isso. Nesse início arrasador ficamos nos arrastando até o último episódio. Claro, houve também momentos inevitáveis que tínhamos de ter paciência para a introdução de O Reino e uma exploração maior na estrutura do Santuário e a já conhecida Hilltop.
De embates contra zumbis, eu destacaria o duelo no décimo episódio entre Rick e o zumbi cheio de espinhos (seria uma referência a Resident Evil4? Tira sua conclusão com a imagem ai pra baixo) e a memorável sequência do episódio 13, em que Rick e Michonne exterminam uma horda zumbi com um cabo de aço e dois carros apenas.
O ponto alto das tensões diplomáticas a meu ver foi desencadeado pelo charmoso e desarmônico abuso de força e autoridade de Negan, mais uma vez com atuações impecáveis do querido Jeffrey Dean Morgan. A mudança de comportamento de Eugene e Morgan também merece seu destaque, enquanto a evolução de Carol e Maggie foi posta em segundo plano injustamente. Por fim, em meio a desentendimentos, alianças costuradas, vinganças planejadas e tudo mais, nós, fãs fiéis sobrevivemos até o último episódio para ver que ao fim da temporada todos os personagens principais também sobreviveram.
É, isso mesmo. O discurso é de guerra, tudo parece que vai água abaixo, o clima de morte até fica presente no ar, mas a única personagem de destaque que não continua conosco para a oitava temporada é Sasha – isso sendo que ela se suicidou. De resto, nesta SEASON FINALE, apenas morrem figurantes e personagens sem a menor importância. Por conta disso, espero que a oitava temporada valha por toda a inutilidade e tempo perdido sem motivo em episódios ruins dessa temporada. É isso, e claro, atenção: um olho no Negan, outro na Lucille.
Nota: 3,5
Matheus Maciel
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