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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Nos 26 anos de Blood Sugar Sex Magik, Red Hot Chilli Peppers fecham a edição de 2017 do Rock In Rio com uma passada nos quase 35 anos de carreira.

Com set relativamente curto (16 músicas), os californianos não deixaram nada a desejar e cativaram o público na última noite do festival.


Por Yuri Hildebrand:

A última noite do Rock In Rio 2017 teve um pouco de Los Angeles. Fora o Capital Inicial, de Brasília, as outras atrações do Palco Mundo foi toda composta de bandas californianas. Depois da aula de punk rock com The Offspring e da fervorosa interação de Jared Leto e o 30 Seconds to Mars com o público, os Red Hot Chilli Peppers, donos de um estílio próprio que mescla diversas vertentes do rock, fizeram um show compacto, porém altamente eficiente.

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Antes do show, a expectativa girava em torno do aniversário de 20 anos do CD Blood Sugar Sex Magik, que conta com hits como “The Power of Equality”, “Suck My Kiss”, e “Under the Bridge” - essa última, inclusive, não teve muito espaço durante a turnê do último álbum, The Get Away, mas esteve presente no setlist para o Rock In Rio.

Diferente da maioria das bandas de rock, o RHCP tem em Flea, baixista, seu frontman. Anthony Kiedis, o vocalista, já costuma ser mais retraído e não foi diferente na sétima passagem da banda pelo Brasil. Isso fica evidente durante o contato com o público, que é feito por Flea. “É uma honra tocar no mesmo festival que o Sepultura. Eu amo Sepultura!”, disse o baixista, exaltando a banda brasileira.

Durante as 1h30 de show, pudemos ver o que o Red Hot tem de melhor: groove do funk com a pegada de rock. Tocando seus melhores hits – “Can't Stop”, “The Zephir Song”, entre outras. Em “Californication”, destaque cômico para o público cantando “Vidro Fumê”, do MC TH, que sampleou o riff principal da música dos americanos – a mobilização na internet para o momento levou até à criação de um evento nas redes sociais.
O show também contou com alguns improvisos de Chad Smith, Flea e Josh Klinghoffer – que finalmente conseguiu incorporar John Frusciante em solo brasileiro –, ponto muito positivo do show. Até cover de “Now I wanna be your Dog”, do icônico grupo The Stooges, foi parte do setlist, que acabou representando muito bem a carreira da banda ao longo dos quase 35 anos de estrada e suas diferentes fases.

Funcionou para os fãs mais novos da banda, mas certamente foi inesquecível para os mais antigos, que puderam ver músicas como “Sir Psycho Sexy”, faixa do Blood Sugar Sex Magik não muito lembrada como hit, apesar de ser uma das melhores do álbum. “Nós amamos vocês, de verdade!”, disse Flea ao final do show, reafirmando os elogios de várias atrações do Rock In Rio ao Brasil e finalizando mais um capítulo nessa ótima relação entre banda e público.

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